O carro preto seguia devagar no meio do trânsito, que estava uma bagunça por causa do horário de pico.
Lucas tá lá, respondendo uns e-mails, mas não tira da cabeça a cena da Beatriz ajeitando a gravata do Aaron. Seus lábios finos se comprimiram, uma pontinha de irritação surgindo.
O toque do celular quebrou o silêncio. Ele olhou o identificador de chamadas e atendeu.
— Lucas, vou pra Cidade J pra fazer um auê do meu CD. Cuida da nossa filha, tá? — A voz da Camila soou suave do outro lado da linha.
Lucas sabia que ela ainda estava chateada, chateada por ele ter achado que ela poderia ser tão maldosa.
— Certo. — Ele respondeu de forma simples.
Camila ouviu a resposta e foi rápida em desligar.
A empresária que estava ao seu lado percebeu o mau humor de Camila e perguntou:
— O que houve?
— Nada demais. — Camila respondeu, tentando manter a compostura.
Naquele exato momento, um funcionário apareceu com um buquê de rosas: — Sra. Oliveira, este é o presente do Sr. Moreno pra senhora.
A cara d