— Calma, não estou falando de você!— ele brincou, segurando os meus braços.
— Odeio o jeito com que vocês tratam as mulheres!— eu bufei.
— Não, Juliette! Pelo amor de Deus, eu não tive a intenção de te magoar, eu tenho certeza que você estava naquele baile tão discretamente, incapaz de chamar a nossa atenção!
Eu me lembrei de como eu estava enlouquecida, dançando com as minhas amigas.
Eu saí na direção da escada, ouvindo as explicações do Arthur.
— Nessas reuniões, Juliette, estão sempre os homens infelizes no casamento arranjado, ou até prometidos. Foi assim que eu comecei a frequentá–las!
Eu parei alguns degraus acima para retrucar:
— Vocês são indecentes, e o seu pai é o pior!
Voltei a subir, mas a conclusão de Arthur me paralisou.
— Você o ama, Juliette, não há como negar!
Eu não me virei, engoli em seco, e depois de alguns segundos, voltei a subir.
Entrei no quarto e o meu marido dormia profundamente. Me deitei devagar