Arthur desceu do carro, ansioso e entrou em casa quase correndo. Ele deu de cara com nós duas conversando na sala. O sorriso de Tina se desfez instantaneamente.
— Arthur!
— Tina!
Eu sobrei ali. Me levantei do sofá e sai discretamente sem ser notada. Os dois ficaram se olhando, se devorando em silêncio.
— Eu fui na sua casa — ele disse baixinho.
Ela ficou sem jeito, com um sorriso nervoso.
— Eu vim ver como estava a Juliette.
— E eu fui ver como você estava!— Ele já havia avançado bem.
Tina se assustou quando Arthur segurou-lhe as mãos, então deu um passo para trás.
— Eu queria falar sobre nós — ele disse, voltando a se chegar.
Tina ficou assustada e tentou se afastar.
— Não fuja, vamos nos casar!
Tina paralisou.
— É só uma conveniência— ela disse, olhando para as mãos que seguravam as suas.
— Temos um filho, Tina!
— Eu sei, por isso vou me casar!
Arthur riu malicioso.
— Não minta. Você me deseja.
Ti