Durante a noite, depois que adormecemos, aconteceu um fato que me marcou. Acordei de madrugada, ouvindo o choro baixinho do meu filho.
Quando eu consegui esticar o pescoço e colocar a cabeça para fora do cobertor, vi uma cena emocionante através da luz fraca do abajur. Romeu estava de pé com o Júnior no colo, conversando baixinho.
— Ei rapaz, calma, não precisa acordar a sua mãe desse jeito! Você é muito comilão, sabia?
Junior parou de chorar e ficou olhando fixamente para Romeu, como se tentasse entender o que ele dizia. Os dois se comunicavam com o olhar. Eu suspirava quietinha, vendo o Romeu falar.
— Sabia que a sua mãe está exausta? Você mama o dia inteiro, filho! Precisa começar a comer outras coisas!
De repente ele sorriu, como se estivesse lendo o pensamento do Júnior.
— Você está bravo? E eu, como acha que estou? Você tomou posse dos seios da sua mãe! Sabia que antes de você nascer eu pensava que era dono deles?
Eu achei graça e afaste