— Então, me conta tudo novamente como aconteceu, eu sinto que tudo que penso, tudo que tinha certeza, tudo na vida, foram somente mentiras.
Falo sem resistir, estou começando a sentir o efeito dos remédios, me deito no travesseiro e olho para ele.
— Maya, sei que tudo ficou esquisito para você, mas te asseguro que Bernard somente te ajudou, seu sangue é precioso para eles, e amanhã irei te trazer os jornais sobre seu caso, eles acham que você morreu e nesse momento é melhor.
Ele não grita comigo, não fala alto, apenas acompanha a sensação que estou tendo de calma e relaxamento.
Fechou meus olhos que estão pesados.
— Bernard, não me machuque.
Falo quase dormindo.
— Ele não vai te machucar patricinha e nem eu, Bernard te ama como a filha que ele perdeu.
Sinto as cobertas sendo colocadas em mim e depois sinto sua mão em meu rosto, parecia que eu estava em um sonho bom, ele retira uma mecha do meu cabelo.
— Bons sonhos patricinha.
Eu durmo não sei por quanto tempo, o efeito do remédio me