A cerveja estava gelada, o pagode estava bom, e pela primeira vez em muito tempo eu estava leve. Sambava com Gabriela e Eric como se o mundo fosse acabar amanhã. Merecido. Eu tinha passado meses me matando de trabalhar, cuidando de Pedro, lidando com Lucas me enchendo o saco… Agora era minha hora. E eu ia aproveitar até o último gole daquela garrafa.
Lucas? Ele estava ali… Mas parecia que estava num velório. Fechado, sisudo, me vigiando a cada passo, como se alguém fosse me roubar debaixo do nariz dele. Eu fingia que não via. Não era problema meu se ele não sabia se divertir.
Mas, como toda mulher que bebe cerveja sabe, chega a hora que a bexiga começa a gritar. Fui com Gabriela até o barzinho do outro lado da praça. Um banheiro limpo, com papel e espelho já era quase um milagre naquela altura do campeonato.
Na volta, a cena que me aguardava fez meu sangue ferver.
A mesa estava mais cheia do que antes. A porra da Suelen e outras três minas estavam lá, todas rindo, como se fossem p