Capítulo 27
As batidas na porta ecoaram na quietude da madrugada.
Cael acordou de um salto, seus sentidos já em alerta antes mesmo de sua mente compreender o que o tirara do sono. Ao seu lado, Aurora respirava fundo, envolta nos lençóis e no calor residual dos corpos entrelaçados horas antes. Seu rosto estava sereno, os cíneos repousando sobre as maçãs coradas, a única prova da noite intensa que compartilharam.
Outra série de pancadas, mais urgentes.
— Cael! — a voz de Jarek atravessou a madeira grossa, tensa como a corda de um arco prestes a ser disparada.
O Alfa deslizou para fora da cama com a fluidez de um predador, os músculos do torso delineados pela luz prateada que filtrada pela janela. Suas cicatrizes, algumas antigas, outras ainda rosadas, contavam histórias de batalhas passadas, mas nenhuma doía tanto quanto a perspectiva de deixar Aurora ali, vulnerável em seu sono.
Ele vestiu a calça de combate jogada no chão, os dedos automáticos abotoando o coldre da faca na cintura ant