Gabriel desviou o olhar de Giana, voltando a encarar Elana, como se procurasse algo além da superfície. Ela sustentou o olhar, mas por dentro tudo parecia girar. O escritório grande, os móveis modernos, a parede cheia de prêmios; nada daquilo parecia tão opressor quanto os olhos dele naquele instante.
— Podemos conversar… a sós? — ele perguntou, com um tom calmo, voltado para Giana.
Ela ergueu as sobrancelhas, surpresa.
— Ué, por quê? Eu a descobri, quero participar.
Gabriel sorriu com gentileza, mas seus olhos denunciavam a tensão que começava a se formar.
— Eu sei, Gi. E sou grato por isso. Mas agora é uma conversa editorial, de detalhes… burocráticos — improvisou, passando a mão pela nuca, tentando disfarçar o incômodo. — Prometo que te atualizo de tudo depois, cada vírgula.
Giana cruzou os braços, avaliando a situação por um segundo. Elana manteve-se imóvel, tentando não parecer desconfortável, embora cada célula de seu corpo gritasse por fuga.
— Está bem. — Giana cedeu com