Dor.
Foi a primeira coisa que senti ao tentar abrir os olhos. Era como se meu corpo estivesse sendo esmagado, uma dor latejante percorrendo cada centímetro dos meus músculos. Meus olhos estavam pesados, como se fossem feitos de chumbo, e minha cabeça parecia prestes a explodir. Tentei mover os dedos, mas até mesmo esse pequeno movimento me custou um grande esforço.
O som contante do que parecia ser um monitor cardíaco preenchia o silêncio, apitando e me irritando. O cheiro de antisséptico queimava minhas narinas, e logo percebi onde estava. Forcei meus olhos abertos mais uma vez, me deparando o teto branco e as luzes fortes.
Um hospital.
Tentei puxar pela memória o que havia acontecido, mas minha mente estava nebulosa. Foi então que tudo veio em ondas violentas.
A tempestade. O carro derrapando na estrada. O impacto. O cheiro de sangue.
Minha respiração se acelerou, meu coração batendo tão forte que doía contra as minhas costelas e, de repente, não estava mais no meu leito.
Flashes. G