Eu não podia mais adiar aquilo.
A dor da incerteza estava me rasgando por dentro, consumindo cada pedaço do que ainda restava de esperança dentro de mim. Se Damian queria continuar fugindo, eu o faria me encarar. Nem que fosse à força.
Marchando pelo corredor, minhas mãos estavam cerradas ao lado do corpo, o coração batendo tão forte que parecia querer escapar da minha garganta. Eu sabia onde ele estaria. Sempre que queria se esconder, ele se trancava no maldito escritório, como se pudesse se proteger do mundo lá dentro. Mas hoje, ele não se protegeria de mim.
Empurrei a porta sem hesitação. O barulho do impacto contra a parede ecoou pelo cômodo, arrancando Damian de seus pensamentos. Ele ergueu os olhos, o copo de uísque já a meio caminho da boca. Seu olhar se estreitou imediatamente.
— Lin — ele rosnou. — O que diabos está fazendo?
Entrei e fechei a porta atrás de mim. Damian cobriu os olhos com a mão, respirando profundamente enquanto apoiava o copo de uísque sobre a mesa.
— Acabe