Aquela noite dez mulheres seriam leiloadas.
O salão estava transbordando de mesas iluminadas com velas. Havia homens com seus ternos de marca, rostos ocultos atrás de máscaras de carnaval, escondendo suas caras dos outros concorrentes. Estava tão escuro naquele lugar que as máscaras eram desnecessárias.
As garçonetes caminhavam entre as mesas e serviam bebidas, com nada mais do que um fio dental preto.
Homens introduziam notas nas calcinhas e lhes davam um delicado, tapinha na bunda enquanto elas saiam.
Como fui parar naquela merda?
As outras mulheres possuíam a uma beleza espetacular.
Pareciam modelos, o tipo de garotas que só eram vistas na televisão.
Muitas delas estavam com medo, mexiam os dedos sem parar e tremiam os joelhos.
Só uma mulher parecia muito animada, como se aquele fosse o momento que ela esteve planejando por toda a vida.
Ali havia incontáveis graus de doença.
Eu estava usando um vestido de cor rosa Champanhe. Era um vestido sem alças, decotado e mar