Jaqueline

Congelei no lugar quando ouvi a voz inconfundível do Alexandre. Firme, grave e possessiva. O vento frio da madrugada fazia meu corpo arrepiar. Me virei devagar e os meus olhos encontraram o dele. Meu coração acelerou e meu estômago se contraiu. Uma enxurrada de emoções invadiu minha mente.

Eu queria fugir. Queria correr. Mais do que tudo… queria correr na direção dele.

Confusão. Raiva. Desejo. Medo. Tudo embolado dentro de mim.

Com o jeito mandão de sempre, e acostumado a dar ordens e ser obedecido, conseguiu que eu entrasse no carro. A dor no meu tornozelo era intensa, mas era apagada pela presença marcante do homem que me carregou nos braços. O silêncio e a tensão entre nós dois era palpável.

Eu não entendia o porquê dele insistir tanto comigo, se poderia ter a mulher que quisesse. Talvez eu fosse seu capricho, um desafio. Um jogo que ele queria vencer. Ter o controle e a posse sobre mim, enquanto quisesse. E foi no auge da raiva, que acabei dizendo o que não queria. Quest