O porto encontrava-se entulhado de pessoas, de crianças a idosos, milhares de mercadorias sendo içadas para os navios ou retiradas deles, cães latindo e correndo de um lado para o outro, uma confusão de movimentação e barulho. Maximiliano estava entre seu irmão e sua mãe, amuado, como sempre acontecia quando seu pai e irmão zarpavam em seus navios, Palemon e Diablo, e o deixavam para trás.
A desculpa de que ficava para estudar e cuidar de sua mãe não melhorava seu humor. Amava a mãe, mas ela ficaria bem com ou sem ele. E estudar era entediante quando comparado com a promessa de aventuras em alto mar.
— Porque não posso ir? — Maximiliano questionou pela enésima vez desde que o pai anunciou a viagem. — Já sou um homem.
— Quase um — retrucou Fernando, seu irmão cinco anos mais velho, com sorriso zombeteiro.
— Quando fizer quinze — disse o pai, afastando-se para dar uma ordem a um homem corpulento carregando um enorme barril.
Fungou, cruzando os braços e contorcendo os lábios em um bi