Depois de um jantar silencioso na casa dos Savoia, algo raro quando se tratava de estar no mesmo ambiente de Dalila, Carmem se retirou sem esperança do marido retornar a casa. No entanto, ele retornou, cheirando a álcool, cigarros e perfume barato.
Mesmo enojada, Carmem cedeu às vontades do marido, agradecendo quando ele dormiu em seguida, a deixando em paz o restante da noite e a manhã.
Desceu para encontrar a filha mais nova na mesa do café. O mutismo e a carranca na face da jovem não eram normais. Temia o significado disso. Dalila nunca foi do tipo reservada, mas estava evidentemente maquinando uma das suas. Uma fonte constante de preocupação para a matriarca Savoia.
Seu marido entrou na sala de jantar com a expressão aborrecida, como sempre desde que Joana noivou com Maximiliano. Observou que estava de banho tomado.
— Vai trabalhar?
— Não. Prefiro continuar fugindo.
— Fugindo?
— A quem tenta enganar? É o que me restou fazer e, embora odeie isso, é melhor que andar de cabeça