Aslin acordou com a sensação de que alguém a observava.
Abriu os olhos e encontrou Carttal sentado à beira da cama, olhando para ela com a testa franzida. Seus dedos estavam entrelaçados com os dela, como se precisasse ter certeza de que ela ainda estava ali.
—O que foi? —sussurrou com a voz rouca.
—Quero que me conte tudo —respondeu Carttal, com uma intensidade contida—. Desde o momento em que você escapou até eu te encontrar.
Aslin engoliu em seco. Sua garganta estava seca e seu corpo ainda pesado, mas assentiu.
Contou sobre sua fuga do laboratório, como Kael a ajudou, as noites intermináveis na floresta, a tempestade, o medo constante de ser encontrada. Falou do homem no galpão, aquele que disse que ela “não seria mais a mesma”.
Carttal ouviu sem interromper, mas sua mandíbula estava tensa, e seu aperto na mão dela se intensificou quando ela mencionou Sibil.
—Aquele desgraçado… —murmurou, os olhos ardendo de fúria.
Aslin apertou a mão dele.
—Carttal…
—Vou encontrá-lo —disse com voz