O dia amanheceu nublado, Isadora e Frida ainda dormem, e eu mal preguei os olhos pensando vários bagulhos. A chuva fina caindo faz o vento ficar frio, ou talvez seja a praia em frente.
Eu sabia que não seria uma ideia assumir Isadora assim, não pensei nas consequências e agora as duas tiveram que presenciar toda aquela porra.
Isadora não nasceu pra isso, qualquer coisa já deixa ela cismada e com o pe atrás, e eu não quero que isso aconteça. Até por que ela tem a Frida, e ela é só uma criança.
Sinto os braços dela envolver minha cintura, enquanto estou no parapeito da varanda da casa, no alto e com a visão perfeita da praia deserta. Ainda é bem cedo, se pá não passa das seis, e eu nem consegui dormir observando as duas na cama.
— Não dormiu, né? — ela pergunta com o rosto colocado em minhas costas, e eu aliso suas mãos na minha barriga.
— Não consegui.
— Você acha que algum deles podem vir atrás de nós aqui?
— Não sei. — respiro fundo me virando e abraço seu corpo — Se vierem est