Pires
Eu subo com ela lá pra casa, ainda é cedo e eu não tô afim de resolver mais nada por hoje. Muita coisa acontecendo em uma hora só, qualquer dia minha da um nó do nada, não vou entender legal.
Subo a primeira rua avistando o carro parado lá na porta de casa, não sei quem é mas tô indo para descobrir.
— Algum parente seu? — Isadora me pergunta, apontando a cabeça em direção ao carro, enquanto eu paro um pouco mais embaixo de casa.
— Não tô ligado quem é. Tô querendo saber também. — Desligo o carro destravando a porta dela para ela descer — Bora lá.
Ela desce jogando o cabelão pra trás, enquanto ajeita o vestido colado em seu corpo. Puta merda, meu irmão... Que mulher linda do caralho. Toda perfeita, educada, carinhosa pra porra e nem se importa com a vida de merda que eu levo. Aí, é o tipo de presente que a gente agradece pelo resto da vida.
Eu abro a porta fitando a silhueta que eu conheço bem, bem até demais e se está aqui algum bagulho aconteceu, até por que não me procuro