GAEL
Alguns dias atrás.
Clínica do urologista.
— O senhor tem certeza que não quer fazer um exame de DNA?
Meu médico a poucos minutos havia dito que era possível, mas agora ele estava ali sentado atrás daquela mesa com os dedos cruzados um no outro, parecendo um pouco cético da minha paternidade.
— Eu confio nela.
— Gael, falando como amigo. Ela é jovem, até de mais para você. Pode ter se divertido e acabado engravidando.
Aquilo não me irritava, eu confiava em Lupita, porém tentar falar mal dela estava sendo um absurdo: — Por favor, doutor, eu conheço a minha amada o suficiente para não dúvidar disso. Agora, eu peço que não saia falando para a família esses detalhes de minha vasectomia.
— Eles vão querer saber se você reverteu. — Ele relaxa na cadeira escorando as costas — O que eu digo?
— Diga que meu caso existia chance de gravidez.
Não era bem uma mentira.
Levantei da cadeira arrastando terminando a minha consulta, eu não tinha dúvidas sobre a paternidade, eu havia sido o primeiro