As pessoas acham que crianças são totalmente sensíveis e delicadas, talvez Renata seja exceção a regra. Mas, ela não deixa de ser uma criança. O fato dela aceitar bem minha gestação foi uma supressa, pois eu imaginei que ela iria ficar chateada ou triste, e até pensar que eu poderia esquecer dela. Mas foi o oposto, quando eu confirmei que era verdade ela passou a participar até das consultas.
''Você comeu hoje?'' ''já comeu legumes? quero meu irmão forte''
Ela falava realmente animada.
Quando foi o fim da tarde, eu estava em casa olhando Gael lavar os pratos que tomamos sorvete, e foi nesse momento que eu vi uma coisa: havia esperado de mais.
— Renata vai pro quarto por favor.
Ela pegou o pote de sorvete que estava comendo e levou direto para o quarto e assim que estávamos sozinhos, eu me aproveitei de estender a mão a frente de meu companheiro, a mão esquerda e ele me olhou.
— Pois não?
— Bonita essa mão não é?
— Muito bonita — Ele responde pondo uma tigela na escorredeira de metal