Os empregados trocaram olhares nervosos, sem saber como reagir perante a ordem de Naomi. O silêncio na cozinha era tenso, só interrompido pelo suave tique-taque do relógio na parede.

De repente, uma voz se levantou entre o grupo.

«Com licença, senhora Naomi», disse uma mulher mais velha, dando um passo à frente. «Alguns de nós levamos anos trabalhando aqui. Esta casa é... é nosso sustento.»

Naomi a olhou fixamente, seu rosto uma máscara de determinação. Ela podia sentir o peso dos olhares de todos sobre ela, esperando sua resposta. Por um momento, ela duvidou. Ela estava sendo dura demais? Mas então ela se lembrou das palavras de Marina, a ameaça velada em sua voz, e sua resolução se fortaleceu.

«Eu entendo a situação de vocês», respondeu Naomi, sua voz mais suave, mas igualmente firme. «Mas vocês devem entender a minha. Eu não posso confiar em quem não me tem respeitado, e tem mostrado lealdade a alguém que busca me destruir. Se vocês desejam ficar, terão que demonstrar que estão de