Mundo ficciónIniciar sesiónEntão Zadock achava que eu tinha poder sobre Anselmo Harlow! Eu ri ao perceber a certa ingenuidade do meu meio-irmão em achar que algum dia o velho seria capaz de perdoar o que minha mãe fez.
Convencer Anselmo nunca foi sobre argumentos e sim sobre qual ferida tocar.
Ele sempre ficava no penúltimo andar da Harlow Defense, naquela sala antiga, que cheirava a couro envelhecido, poder herdado e intransigência. As mãos trêmulas não denunciavam fraqueza e sim um ódio antigo demais para morrer.
— Não. — Foi a primeira coisa que disse, antes mesmo de eu terminar a frase.
— O senhor nem ouviu.
— Não preciso ouvir — respondeu, seco. — Já sei de que lado isso vem.
Aproximei-me da mesa, mantendo uma distância segura. Com aquele velho ridículo, cada passo precisava ser calculado:
— Acho que ouvir Zadock e Calian







