Por um segundo meu cérebro tentou negar.
— Não… — sussurrei, avançando dois passos para trás, sem perceber.
Eu estava atordoado, incrédulo.
— Filho da puta… — Deixei escapar.
Não havia sangue, tampouco sinais de luta. Nenhum tiro. Nenhuma facada. Nem o copo que ele usara estava quebrado. Ainda assim o filho da puta estava morto.
Meu coração começou a bater rápido demais. Mas não era por tristeza, porque jamais tive qualquer tipo de sentimento por aquele homem. Mas eu já antecipava o que aquilo tudo significava.
Anselmo morto não era apenas um homem morto. Era um tabuleiro inteiro virando de cabeça para baixo.
Fui andando para trás, tentando rapidamente entender se havia sido uma morte natural ou assassinato. Bati na mesa e então virei, encontrando meu celular sobre ela.
Peguei-o com a mão trêmula e o medo tomou conta de mim. Há minutos atrás estávamos ali, em reunião. E agora, Anselmo estava morto. Fechei os olhos por um instante, respirando fundo, tentando organizar o caos que se for