- Você tem que lembrar, você me deve desculpas, tem que lembrar que deve desculpas aos nossos filhos, você tem que... - Ela disse e começou a chorar novamente. - Não, não, não é sua culpa. Eu sei de tudo, a maior responsabilidade pela partida dos nossos filhos ainda é minha.
Ela falava enquanto arrancava a garrafa de Sílvio com força e tomava um grande gole.
Ela já não sentia o sabor ardente do álcool, apenas sentia que ao ingerir aquela substância, a dor parecia diminuir.
Também não se lembraria do que tinha passado nesses dias.
Nas ilusões turvas, Sílvio a olhava com aqueles olhos cheios de profunda afeição, como se pudesse sentir sua dor e compartilhar suas alegrias.
Mas na realidade...
Sílvio não era assim.
Ele era um homem que, mesmo após a morte de seus filhos, ainda protegia Aurora, um homem que continuava mantendo Pedro por perto.
Ele nunca considerou que, depois do que Diogo e Aurora fizeram com ela, como ela poderia agir normalmente com Pedro, como ela poderia não querer desp