Ele estava furioso.
Imensamente furioso.
Não podia permitir que Lívia continuasse se machucando assim.
Mas não conseguiu proferir uma única palavra de censura. Em vez disso, apenas a abraçou.
- Eu entendo, sei que você também está sofrendo, pode me dar mais um pouco de tempo?
Ele precisava de mais tempo, ele tinha que esclarecer a questão dos fetos.
Iria ajudar Lívia a se acalmar gradualmente.
Daria a ela uma resposta satisfatória.
Mas, de jeito nenhum poderia deixar que ela continuasse se ferindo.
Esperava que seu abraço pudesse dar a Lívia um pouco de força.
Finalmente.
Ela chorou.
Um choro de dor.
Como se quisesse liberar todas as emoções reprimidas dos últimos dias e morder seus ombros com força.
- Sílvio, o que aconteceu com as crianças... Realmente não tem nada a ver com a Aurora?
Ela soluçava, quase incapaz de falar.
Estava se mostrando vulnerável.
Começando a aceitar a realidade.
Mas Sílvio sabia que não podia ter pressa, tudo deveria ser guiado pelas emoções de Lívia, além do