14 de setembro.
Logo de manhã, Lívia sentiu um aperto no peito.
Ao olhar para cima, confirmou suas suspeitas: um dia de tempestade.
Ela pediu a Sílvio para vestir algo mais quente, dizendo:
- Sinto que hoje vai chover muito.
O céu estava sombrio, com nuvens escuras empilhadas no horizonte, prontas para desabar sobre as pessoas.
Sílvio também trouxe um casaco um pouco mais grosso, dizendo:
- Tenho uma reunião de manhã e não posso te levar. O motorista vai te levar, mas à tarde eu irei te buscar. Se você não estiver bem agasalhada, vou te repreender.
Lívia sabia exatamente o que ele queria dizer com "repreender".
Instantaneamente, seu traseiro ficou tenso e ela respondeu obedientemente:
- Está bem. - Depois, percebeu algo. - A partir de agora, eu sou a mamãe e você é o papai, não podemos fazer isso sempre.
Sílvio arqueou uma sobrancelha:
- Fazer o quê sempre?
A voz de Lívia ficou mais baixa:
- Bater no meu traseiro...
Era algo que os adultos faziam para punir crianças, mas ela não e