68. um homem vulnerável
As carícias.
Os beijos.
Os gemidos ofegantes.
A avalanche de emoções que vivenciavam naquele momento… naquele novo começo, era sem dúvida algo extraordinário.
Nicolau adornou Caliope com palavras doces, ternas e ao mesmo tempo emocionantes. Ele gemeu. Ela gemeu contra seu ombro enquanto ele sussurrava em sua orelha o quão linda ela era, e o quanto ele sentia falta de ter o corpo dela sob o dele, tão pronto, tão entregue... tão perfeito.
Ele sentou-se ao pé da cama. O luar havia entrado furtivamente pela janela, junto com uma pequena rajada de vento; típico do final daquela temporada. Ele a observou por um longo tempo. Queria valorizar um pouco mais a imagem que eu tinha dela naquele momento.
Ele tomou um gole, fascinado, faminto por aquele corpo nu. Ele precisava possuí-lo, precisava mergulhar nas profundezas daquele ser maravilhoso.
"Vire-se", ela pediu, como sempre.
Calioppe levantou-se sobre os cotovelos e olhou-o diretamente nos olhos antes de murmurar um fraco, mas firme, "Não".