Muro com fissuras entre nós...
Viktor Petrov
A noite já havia caído quando retornamos para casa, a lua alta no céu clareando o caminho sinuoso até a entrada da mansão.
O jantar no restaurante foi agradável, um pouco mais descontraído que o almoço, mas ainda assim, a presença de Helena era uma constante incógnita para mim. Ela falava mais, seus olhos brilhando à luz das velas, mas ainda havia um muro invisível que eu não conseguia ultrapassar, criado por ela, devido a tudo que a fiz passar, desde o casamento.
Entramos na casa em silêncio, a atmosfera quase solene. Helena murmurou algo sobre tomar um banho e subiu as escadas. Eu a segui com o olhar até que ela desapareceu no andar de cima, o som suave dos seus passos ecoando no corredor.
Decidi tomar um banho no quarto de visitas ao lado do nosso, dando-lhe um espaço que parecia necessário. A água quente ajudou a relaxar os músculos tensos, mas não conseguiu afastar os pensamentos que giravam incessantemente na minha mente. Helena e sua indiferença. Helena e seu olha