DANTE
— Tudo bem? — perguntei, aproximando-me no exato momento em que Marcela deixou o estacionamento com uma cara de quem mataria o primeiro que se colocasse em sua frente. — Aconteceu alguma coisa?
— Tá tudo bem — ela sorriu, mas era notável que as coisas não estavam bem. — O que faz aqui?
— Vim te buscar para irmos em um lugar, vamo, coloca o capacete — não dei espaços para negativas ou perguntas, a puxei comigo e, pouco depois, coloquei o capacete em sua cabeça, afivelando a trava. — Acho melhor avisar a sua irmã, vamos demorar um pouco.
Ela uniu as sobrancelhas e me encarou por alguns instantes, parecia estar em uma guerra interna, no entanto, depois de alguns instantes, ela pegou o celular, enviou uma mensagem para a irmã e, depois, subiu em minha moto. Dei a partida e segui em direção ao centro, cortando os carros e sentindo os braços de Aurora me apertarem levemente.
O caminho foi feito em silêncio, Aurora ficou colada a mim o tempo inteiro e, depois de alguns minutos, cheg