Aurora
Quando deixei a lanchonete, Clay foi direto para a sua casa preferindo não passar para me deixar em casa a fim de evitar qualquer conflito com Eva. Eu segui sozinha para casa e quando cheguei, estava tudo silencioso. Não vi minha irmã em lugar algum, ao menos não do andar de baixo, por isso, subi as escadas e caminhei devagar até a porta do quarto dela. Parei em frente a porta e bati duas vezes, girando a maçaneta em seguida, abrindo a porta e colocando a cabeça para dentro.
Eva estava deitada em sua cama com o rosto afundado em seu travesseiro, eu sabia que ela havia me escutado, mas como não protestou, entrei no quarto e me sentei ao lado dela na cama, olhando-a enquanto a ouvi fungar.
— Eva… — comecei, erguendo a destra e apoiando-a em seus cabelos claros, acariciando seus fios macios. — Eu sei que é difícil… Sei que não era o que você esperava e…
— Não vem com essa — ela ergueu o rosto, me encarando com seus olhos marejados cheios de raiva. — Por que acha que eu quero u