Capítulo 73. Eu sou seu pai
Senti Eduardo me segurar com firmeza, guiando-me até o sofá para que eu me sentasse.
— Sofia, olha para mim. Você precisa se acalmar. Vou chamar um médico — disse ele, já pegando o celular e fazendo uma ligação.
— Aqui, toma um pouco de água — Aninha também tentava me ajudar. Ela correu até a cozinha, trouxe um copo e me ofereceu.
Mas eu tremia inteira. Era como se minha mente tivesse travado, incapaz de raciocinar. Minha mãe havia morrido no hospital, sozinha. E aquela solidão dela me cortava por dentro, o mundo tivesse sido cruel demais com ela e tudo era culpa da mulher que poderia ser a minha avó.
Não lembro como, mas logo o médico chegou. Mediu minha pressão, estava normal, mas como eu estava muito agitada, receitou um calmante natural. Eduardo me levou para o quarto e se deitou comigo, puxando-me com cuidado para o seu peito.
— Dorme um pouco. Eu vou ficar aqui — murmurou ele, enquanto eu ainda sentia as lágrimas escorrendo pelo rosto.
Não sei quanto tempo dormi. Quando acordei