Explodo aumentando consideravelmente o tom de voz, mediante ao seu cinismo.
-Sim, eu te amo muito.
Afirma com convicção sem tirar os olhos dos meus.
-Ama tanto, que nesse exato momento está falando merda para uma mulher, sendo casado com outra, e com duas filhas pequenas.
A cor some de seu rosto.
-Como soube? Quem te contou?
-Seu pai me contou, estava com ele, a metade da tarde inteira, quase até agora. Ele sim, é uma boa pessoa, e não mente para mim. Disse que você mudou, queria falar comigo.
-Não era para ter dercoberto assim.
Suspira fundo abaixando os ombros, em um ar de derrota.
-Ah. Você queria que eu soubesse quando tivesse enganado a trouxa aqui, levando para cama, jurando um bando de porcaria, igual os filmes clichês, e quando eu estivesse caída na sua conversa, boba, apaixonada como uma adolescente, me diria: Não, desculpe Iara, mas eu não posso ficar com você, porque eu tenho uma família!
-Nao sabe o que tá falando! Reverbera nervoso. -Eu construí uma família, com uma mulher