São Paulo, o salão de festas da família De Luca estava cheio de luz.
Os anciões do Sudeste se reuniram para me dar as boas-vindas.
— Vitória. — Meu pai disse com a sua voz forte, levantando a taça. — Bem-vinda de volta.
Eu também levantei minha taça de cristal, olhando para todas as pessoas na sala. Havia velhos aliados do meu pai, jovens que estavam ganhando poder e até mesmo alguns que me desprezavam por eu ter “fugido” para o Nordeste do Brasil.
— Obrigada a todos. — Eu sorri, com a voz calma. — Nesses anos, aprendi muito no Nordeste.
— Como o quê? — Alguém perguntou, curioso.
— Como… — Eu coloquei a taça no lugar. — Por exemplo, o negócio de docas deles é baseado em subornar fiscais alfandegários. E eu tenho a lista.
— O canal de armas deles depende de três intermediários. Um deles já está do meu lado.
— Do dinheiro que entra no cassino, dois terços não são declarados. A carta de investigação da Receita Federal vai chegar na mesa da família Russo amanhã.
A sala inteira ficou em sil