Quando Brenda ouviu que as mulheres finalmente deixavam o banheiro, soltou um suspiro trêmulo. Havia contido sua raiva e sua tristeza durante toda a conversa, mas agora que estava sozinha, as palavras daquelas desconhecidas destroçavam tudo nela. Lentamente, ela saiu do cubículo e se dirigiu à pia. Abriu a torneira e deixou a água fria correr sobre suas mãos, buscando acalmar-se.
Ela se olhou no espelho. A mulher que lhe devolvia o olhar não parecia ela mesma. Era alguém vestida com luxos que não lhe pertenciam, com uma gargantilha que brilhava como se tentasse ofuscar o mundo, mas que só servia para lembrá-la de que, no fundo, ela não se encaixava naquele lugar. Fechou os olhos e respirou profundamente, tentando acalmar sua respiração ofegante.
"Não lhes dê o poder de arruinar sua noite", disse a si mesma, embora soubesse que essas palavras eram mais fáceis de dizer do que de sentir. Afinal, elas tinham razão. Brenda não era como eles. Não pertencia àquele mundo de opulência, aparênc