POV: SORAYA
Deslizando a ponta dos dedos pelo meu braço, ele deixou um rastro de arrepios que se espalharam pela minha pele como faíscas vivas. O toque dele era lento, preciso, quase cruel de tão controlado.
Quando finalmente se afastou, fez isso com aquela elegância irritante, se sentando na cadeira de forma impecável, como se fosse o dono do inferno, e, tecnicamente, naquele momento, era. Pegou a taça de vinho e a levou aos lábios, sem desviar os olhos de mim nem por um segundo.
— Isso é ridículo. — Resmunguei, pegando a outra taça. A levei até o nariz e inspirei, desconfiada.
Samael arqueou uma sobrancelha, o olhar escuro faiscando diversão.
— Acha que eu iria te envenenar? — perguntou com a voz baixa, rouca, carregada daquele tom perigoso e sedutor que fazia meu corpo reagir antes mesmo que eu quisesse.
“Ele não precisa te envenenar, querida. Basta olhar assim e você já tá derretendo.”
— É sempre tão desconfiada assim? — perguntou, o tom baixo e rouco fez um arrepio subir pela min