POV: AIDEN
Minha mão se fechou na cabeça de um errante, esmagando contra a pedra até ouvir o crânio rachar. Rasguei a jugular de outro com as garras, o sangue quente jorrando sobre mim. O terceiro não teve tempo de reagir: abri sua barriga com um único movimento, as vísceras caindo ao chão.
Estava brutal. Feroz. O lobo à superfície. Matar era tudo o que importava. Cada corpo tombado, cada gota de sangue derramada, alimentava a fera dentro de mim. O monstro pedia mais, exigia mais.
“Isso, Belmont. Sinta. O sangue deles é o nosso vinho. Continue até que o mundo inteiro se curve diante de nós.” — Lurak gargalhou, sarcástico, predador, faminto por destruição.
Então ouvi. Não era Lurak. Não era nenhum inimigo. Era um sussurro suave, quebrado pelo medo:
“Por favor, Aiden... venha até mim.”
Haphel.
Meu peito travou. Se ela estava me chamando desse jeito, só havia uma explicação.
— Meu beta caiu. — O rugido escapou feroz, possesso, o corpo tremendo na beira da transformação. Garras arranharam