Hanna
— Você é comprometida?
Sua simplicidade em perguntar me deixou sem palavras e envergonhada.
Não tinha constrangimento em seu rosto bem iluminado por uma tocha próxima. Seus cabelos loiros abaixo das orelhas deixava-o mais bonito, porém, não a ponto de me interessar.
— Ah, bem… não, mas não estou procurando nada agora?
— Por que?
— Eu trabalho muito — justifiquei-me antes de encher a boca novamente.
O que será que ele viu em mim? Eu seguro a colher de mão cheia, não há beleza nisso.
— Mas você não pensa em se casar e ter filhos?
Franzi o cenho por um momento. Eu quase não penso nisso.
— Não. Eu gosto do jeito que está.
— Acho que entendi.
Concordei com um aceno e coloquei o último pedaço de carne na boca. Finalmente meu estômago estava cheio. Assim era menos estressante e suportável.
— Então, como se tornou serva do príncipe? Eu nunca vi ele com uma serva, sempre foram homens.
— Vamos dizer que o destino me empurrou para essa situação. Eu trabalhava no campo antes de passar por