— Eu... — Alícia também percebeu que tinha se exaltado demais. — Desculpa, eu...
— Tudo bem, você precisa descansar. — Diego saiu do quarto.
Clara correu até ele, manhosa:
— Papai.
Diego não estava de bom humor e lançou um olhar à filha:
— Não me deixe irritado.
— O que foi que eu fiz? — Ela sorriu docemente. — Papai, me empresta seu celular rapidinho?
Diego, sem vontade de ser importunado, tirou o celular do bolso e entregou a ela:
— Não vem me encher.
Clara se endireitou:
— Prometo que não vou te incomodar.
Diego lançou outro olhar na direção dela e seguiu para o escritório.
Com o celular em mãos, Clara se sentou no sofá.
Discou o número de Jorge.
O próprio número dela tinha sido colocado na lista de bloqueio de contatos de Jorge. Sem conseguir falar com o irmão diretamente, só restava usar o celular do pai.
Do outro lado, Jorge atendeu sem saber que era a irmã.
Assim que a ligação foi completada, Clara disse rapidamente:
— Irmão, sou eu. Hoje sua esposa foi visitar a mamãe em casa.