— Assim também não dá. — Isabela respirava ofegante.
Jorge encarava o rosto dela à luz fraca do abajur. Cedeu um pouco:
— Então me deixa te beijar, só um pouquinho.
Isabela sabia que, se não cedesse em nada, Jorge não deixaria por menos. Acabou cedendo também. Assentiu levemente com a cabeça.
— Tá bom... Mas só um beijo. Depois disso, você volta para o seu quarto.
— Combinado.
Antes mesmo de terminar a frase, ele já tinha colado os lábios nos dela. O beijo veio forte, urgente, com uma intensidade que sufocava. O cheiro dele a envolveu por completo, denso, marcante. Isabela sentiu o coração apertar, como se tivessem acendido um fósforo no peito dela. O autocontrole e a dignidade que tentava manter pareciam estar se despedaçando.
A roupa dela já tinha sido rasgada em algum momento sem que percebesse. Restava apenas um fio de lucidez que a mantinha consciente.
— A gente tinha combinado... Só um beijo. Agora pode ir.
— Você não falou quanto tempo podia beijar...
A respiração dele já estava