Claire
Aquela pequena faísca de memória reacendeu a esperança em meu coração. Quando Lucas mencionou o penhasco, vi em seus olhos algo que não via há semanas: reconhecimento, ainda que tímido. Era o primeiro passo em direção ao homem que ele sempre foi.
Na manhã seguinte, enquanto preparava o café da manhã, percebi Lucas observando Gabriel brincar com um carrinho na sala. Ele parecia absorvido, como se tentasse juntar os pedaços de algo muito maior.
— Ele parece tão feliz, — Lucas comentou, quase para si mesmo.
Sorri, colocando uma xícara de café em frente a ele.
— Ele é feliz, porque te tem aqui.
Lucas segurou a xícara e ficou em silêncio, como se ponderasse minhas palavras.
— É estranho, Claire. Às vezes, sinto que conheço ele tão bem, mas em outros momentos é como se fosse um estranho.
— Ele não é um estranho, Lucas. Ele é parte de você. E, com o tempo, vai se lembrar disso.
Mais tarde, decidimos passar o dia juntos, sem interrupções ou preocupações. Queria que Lucas se conectasse