Ela não conseguia mover o braço forte dele, apenas tentava, inutilmente, forçar sua libertação.
No segundo seguinte, Rafael soltou abruptamente a mão.
Como se nada tivesse ocorrido, ele tirou um cigarro, abaixou a cabeça para acendê-lo e, entre a fumaça que emergia, exalava uma frieza ameaçadora e um visível desprezo.
Olhava de cima para a pessoa ao chão, como se observasse um pedaço de lixo fora do lugar.
Desprezo misturado com aversão era evidente no seu olhar.
Hebe, segurando dolorosamente seu pescoço, tossia e sentia que, naquele momento, a morte era uma possibilidade real.
Após alguns segundos, se ouviu a voz fria e rouca de Rafael:
— Quem mandou você fazer isso?
Hebe balançou a cabeça vigorosamente, lágrimas e muco escorrendo pelo rosto enquanto falava:
— Não fui eu, Presidente Rafael, eu juro que não fui eu quem vazou!
Rafael, mantendo a calma, respondeu:
— Eu tenho outro método para lidar com pessoas que não admitem seus erros. Quer saber qual é?
Num instante, Hebe sentiu