Valery Garcia.
12:50― Hospital ― Bogotá. ― Colômbia.
Soltei um suspiro e sorri de leve com isso, esse homem é incrível e eu nem posso negar. Peguei o vestido junto com o conjunto de peças íntimas e caminho até o banheiro, entrei e notei que esse banheiro é muito limpo e bem organizado, acho que pode ter algo haver com ele. ― Até agora eu realmente fico confusa com tudo, porque? Eu perdi a memória e quando eu fico perto dele me sinto bastante segura, é como se ele desse a sensação de casa. Sei que pode parecer loucura ou idiotice, mas é o que eu sinto. Talvez nós realmente possamos descobrir sobre essas novas sensações que estamos sentindo nesse momento.
Consegui tirar a roupa do hospital e tomei um banho com cuidado para não molhar a atadura na minha cabeça.
― Droga! ― Acabei molhando a atadura do meu braço.
Resolvi terminar logo o banho porque se não é capaz de eu molhar a minha cabeça, me vestir com bastante dificuldade no banheiro, por causa do meu braço e algumas dores que sinto ainda pelo corpo. ― O vestido ficou bastante folgado em mim, mas até que é melhor porque não me aperta tanto.
Saí do banheiro e uma enfermeira entrou no quarto.
― Ah, eu sabia que iria molhar as ataduras do braço então resolvi vim trocar. ― Acenei com a cabeça já um pouco aliviada com isso.
― Obrigada, é realmente muito difícil não molhar. ― Ela me olhou por alguns segundos.
― Bom, a senhora vai ter que ter ajuda na hora do banho. ― Engoli seco com isso ao imaginar ele me dando banho.
Sinto meu rosto ficar quente ao imaginar isso.
Meu Deus! Parece pensar assim Valery.
Rapidamente arregalei os olhos.
― Valery. ― Abri um grande sorriso e enfermeira me olhou estranho. ― Meu nome é Valery!! Oh meu Deus, eu acabei lembrando do meu nome!!
Gritei muito animada com isso e logo a porta foi aberta por ele entrando no quarto.
― Algum problema aqui? ― Corri até ele o abraçando. ― Opa, cuidado, querida.
― Eu lembrei do meu nome, Santiago. ― Falei muito animada sem ainda soltá-lo.
― Sério? ― Ele perguntou sorrindo e isso me deixa de pernas bambas.
Porque esse homem tem um lindo sorriso.
― Sim, meu nome é Valery. ― Ele passou a mão na minha bochecha.
― Valery. ― Repetiu o meu nome e não sei o porquê, mas ficou sexy. ― É um lindo nome, querida.
Acenei com a cabeça bastante animada, me afastei dele e fui até a enfermeira.
― Aqui. ― Estendi o meu braço.
― Certo.
A mesma começou a trocar a minha ataduras e também limpou, isso me deixou muito desconfortável, porque ainda dói bastante.
― Bom, tem que sempre trocar as ataduras e limpar. ― Falou para mim.
― Me passe o nome da pomada e qual atadura comprar, eu mesmo farei o curativo dela. ― Ele falou sério.
― C-C-Claro, senhor. Ah, na cabeça tem que limpar os pontos e colocar novas ataduras também, só tome cuidado para não molhar. Eu recomendo usar uma sacola quando for tomar banho para proteger a cabeça.
― Certo, obrigada. ― Agradeci.
― De nada. ― Ela olhou para ele. ― Irei trazer a pomada e as ataduras pro senhor.
Ela saiu do quarto nos deixando sozinhos.
― Eu fico realmente feliz que tenha lembrado do seu nome. ― Sorri com isso.
― Sim, eu também fico, obrigada por está cuidando de mim. ― Ele se aproximou ficando bem perto de mim.
― Não tem que me agradecer.
Mordi os lábios e olhei para baixo com vergonha ao pensar em algo aqui.
― Santiago? ― Chamei ele o mesmo respondeu com um 'hum'.
Olhei para os seus olhos.
― Pode se abaixar um pouco? ― Ele franze a testa, mas faz o que eu pedi.
Assim que ele se inclinou um pouco para baixo, me inclinei juntando os nossos lábios em um selinho, nem durou cinco segundos e eu me afastei com o meu rosto vermelho de vergonha. O mesmo está do mesmo jeito ainda estático no lugar, logo ele piscou e me olhou.
― P**a merda!! ― Ele falou e segurou a minha cintura e colocou a mão na minha nuca com cuidado e me beijou.
Minha nossa!!!
Abri a boca e o mesmo enfiou a sua língua e isso arrancou um gemido da minha boca.
Caralho!! Esse homem beija tão bom demais!
Passei o braço envolta da sua cintura e o deixei me beijar do jeito que ele quer, suspirei várias vezes entre o beijo com a sua boca devorando a minha.
― Porra, eu não queria passar dos limites ainda. ― Falou com a respiração ofegante.
Eu também estou com a respiração bastante ofegante.
― Droga Valery, você me deixa louco.
Falou e voltou a me beijar.
Eu me importo? Não, vou aproveitar o máximo que eu puder, não sei por quanto tempo eu vou ficar sem memórias, mas, eu vou aproveitar.
A porta foi aberta.
― Meu Deus, sinto muito! ― Separamos o beijo e olhamos para a porta vendo a enfermeira com as coisas nas mãos.
― Tudo bem, entregue essas coisas ao meu motorista. ― Ela acenou várias vezes e saiu do quarto. ― Que merda.
Sorri com isso e passo a mão em sua bochecha, ele ficou um pouco tenso mais depois relaxou.
― Vamos para casa? ― Perguntei ele sorriu.
― Sim, vamos.
Ele passou o braço pela minha cintura e isso me deixou confortável, saímos do quarto e observei melhor o hospital.
― O médico permitiu a minha alta? ― Perguntei curiosa.
― Ele não tem que permitir nada, minha querida. Sou eu quem mando nesse lugar todo, eu os protejo enquanto eles me obedecem, simples assim.
Sorri com isso.
― Você é um homem bem mandão. ― Ele riu de leve.
― Você não faz ideia, meu anjo. ― Falou dando um pequeno aperto de leve na minha cintura.
Neguei com a cabeça e saímos do hospital, soltei um suspiro de alívio com isso.
― Ah, é tão bom receber ar fresco. ― Falei com os olhos fechados.
― E você vai continuar recebendo. ― O mesmo beijou minha cabeça com cuidado. ― Vamos para casa.
Ele abriu a porta do carro para mim e entrei, puxei o cinto de segurança e ele deu a volta no carro e entrou também.
― Para onde, meu senhor? ― O motorista perguntou.
― Casa. ― Respondeu rude.
Fecho os olhos relaxando um pouco, me sinto melhor agora longe desse hospital.