Rimena
Não suporto mais ficar nesse lugar à espera de alguém vir tentar nos matar.
Sim, eu estou com o homem que amo, que agora tenho certeza que sente algo por mim, estou com meu filho e com a mãe que nunca esperei encontrar... Mas sinto que vou fazer meu filho crescer como eu, longe de pessoas, de descobertas. Eu quero vê-lo correndo com amigos, frequentando uma escola, quero que seja a criança que nunca fui, quero que tenha escolhas.
— Não sou cozinheira, mas acho ovos negros uma especialidade muito rara. — É a voz da minha mãe.
— Droga! — Olho para a panela e vejo a fumaça saindo dos ovos queimados.
— Nem para isso eu presto.
Nem sei porque tento, sou uma péssima cozinheira, Saymon que cuida da nossa alimentação.
— Ainda dá tempo de sua mãe te ensinar a cozinhar. Eu sei algumas coisas.
Coitada. Saymon tentou e o resultado foi desastroso todas as vezes. Pelo menos rendia muitas risadas, mãos bobas e beijos gostosos com vários sabores.
— Estou me sentindo sufocada — confesso. — Esto