Melissa
— Imbecil! Idiota! Mal-educado! Grosso! Estúpido! Escroto!
Uma sequência de xingamentos sai da minha boca, enquanto macho com rigidez pelo corredor, até entrar no salão do restaurante, porém, paro abruptamente bem no espaldar largo. Respiro fundo e pego a minha bolsa, tiro uma carteira de dentro dela e a abro para olhar-me no espelho pequeno. Forço um sorriso para a minha imagem.
— Não! — Mudo o meu sorriso, tornando-o mais largo. — Esse parece com o do Coringa — resmungo e faço outro sorriso. Esse é curto e amável. — Esse está perfeito. — Volto a caminhar direto para a minha mesa onde deixei o cliente a minha espera. — Peço mil desculpas pela demora, Senhor Picadily! — digo assim que me acomodo na cadeira.
— Mas, o que aconteceu com a sua roupa? — Ele questiona quando os seus olhos se abaixam para o meu decote branco que uma mancha vermelha enorme.
— Ah isso, não é nada demais. — Abro outro sorriso amarelo. — Foi um troglodita que
Álvaro… Só uma coisa, Abravanel. A minha mãe tem razão.… Ah é?… Eu sou mesmo uma garota muito ingênua. Como pude ter me enganado tanto com você? Por que por um mísero instante pensei que você fosse diferente dos outros caras, mas no fundo, você é exatamente igual a todos eles e sinceramente? Agora entendo por que ela preferiu o seu melhor amigo.… Até nunca mais, Abravanel!Esmurro fortemente o volante quando as suas palavras se repetem dentro da minha cabeça, lembrando-me de como fui um grande idiota. Ela tem razão em estar com raiva de mim, mas como eu podia saber se ela estava ou não envolvida com a sua mãe naquela maldita trama? Quer dizer, eu sequer faço parte do ciclo social de Cora Jones e mesmo assim ela se achou no direito de empurrar a sua filha para mim. Que
ÁlvaroMinutos depois…— Boa tarde, eu procuro por Melissa Jones. Acredito que ela deu entrada nesse hospital — falo assim que chego à recepção e impaciente, aguardo a moça mexer no seu computador.— Ah, claro. No momento a Senhorita Jones está em atendimento no segundo andar…Não a espero terminar de falar e vou imediatamente para um elevador. Assim que as portas se abrem encontro David confrontando com violência um rapaz que luta para escapar do seu agarre. Que merda, David! Rosno mentalmente e vou para cima dos dois, o afastando imediatamente. Meu amigo faz uma força brutal para se livrar de mim, porém, faço ainda mais força para mantê-lo preso a uma parede.— Que droga, David! — grito com ele. — Se acalme, homem!— Aquele merda estava…— Isso aqui é u
Melissa— Você não pode dizer essas coisas assim para mim! — Ele protesta nervoso e agitado. Contudo, o encaro irritada, puxando-o firmemente pela gravata vermelho-vinho e olho dentro dos seus olhos.— Você faz parte da droga da minha imaginação! — rosno entre dentes. — Então sim, eu posso dizer o que eu quiser e bem entender! — Entretanto, o seu olhar se abranda um pouco e ele desce para a minha boca, fazendo-me ferver por dentro.— Então, eu sou a sua imaginação? — Álvaro pergunta baixo demais. Balanço a cabeça, fazendo sim.— Sim, você é — digo quase sem forças.— E, a sua imaginação seria capaz de fazer isso? — Inesperadamente o meu Álvaro imaginário se inclina para perto do meu rosto e em seguida os seus lábios quentes e macios tocam nos
Melissa— Ah, não — digo, ainda sem forças.— Que droga, Melissa! O que você está sentindo? — O homem fica pálido, enquanto os seus olhos estão o tempo todo atentos em mim.— Acho que é saudade. — Ele franze a testa e me encara sem entender. — Talvez se você… me beijasse outra vez. — Fecho parcialmente os meus olhos, como se as minhas pálpebras pesassem toneladas e na sequência escuto o som baixo da sua risada.Rio também.— Onde você quer que te beije? — pergunta mais calmo agora.— Bem aqui. — Aponto para a minha bochecha e ele a beija calidamente. — Aqui. — Aponto para a outra bochecha e Álvaro a beija na mesma intensidade. — E… aqui… — Aponto para alguns pontos até finalmente chegar na minha boca e o beijo que ele me dá &ea
MelissaNa manhã seguinte…— Você tem certeza de que quer voltar a trabalhar hoje?— Eu tenho plena certeza. É sério, todos os meus trabalhos estão atrasados desde o acidente.— Hum, eu poderia fazer aquela massagem relaxante em você… — Seu corpo se cola atrás do meu, suas mãos envolvem a minha cintura e ele enterra o seu rosto entre os meus cabelos para aspirar o meu cheiro. Inebriada e envolvida por seus carinhos luxuriosos, quase me deixo levar por seus caprichos.Eu disse quase.— Não, não, não! — Livro-me dessa sua teia deliciosamente pegajosa com o meu coração quase saindo pela boca. — É sério, Álvaro. Eu preciso voltar ao trabalho.— Se você está dizendo — Rendido, ele ralha, erguendo as suas mãos e começa a
MelissaHoras mais tarde…— Karina, você pode receber as plantas para o jardim suspenso que acabaram de chegar? — peço, enquanto verifico uma prancheta com alguns itens que temos para a decoração do Slova. — Como está indo à construção do pequeno lago no recanto do aconchego?— Está bem adiantada, Senhorita Jones.— Que perfeito. Com o andar da carruagem acredito que entregaremos esse projeto antes do previsto. — Olho de um lado para o outro. — Alguém viu o Paco? — Procuro saber.— Ele está na montagem do gazebo com a pequena equipe que trouxe.— Ah, claro.Decido ir até o outro lado do jardim para ver o andamento da construção. Entretanto, paro entre alguns arbustos em formato de globos quando o encontro sem camisa e suado, usando apenas uma calça
MelissaCom uma respiração profunda e literalmente arrastada, deslizo a minha mão do meu lado na cama espaçosa e descubro que estou sozinha. Frustrada, abro os meus olhos e ergo parcialmente o meu corpo, apoiando-me nos meus cotovelos para procurá-lo pelo cômodo. É sério, eu tinha um mínimo de esperança de encontrá-lo sentado em uma poltrona enquanto me observava dormir.— Você está lendo romances demais, Melissa — resmungo, livrando-me dos lençóis para sair da cama e vou para o banheiro tomar uma ducha rápida. Contudo, cada detalhe desse cômodo me fascina, até mesmo uma simples escova de dentes usada. — Não seja esquisita, mulher — retruco comigo mesma, mas no segundo seguinte estou alisando o roupão negro que está em um suporte e na sequência, fecho os meus olhos para sentir o seu cheiro. —
MelissaMelissa— Megan, preciso do contrato da Maison de Léon. Preciso dá uma lida nele antes da reunião — peço, sem tirar os meus olhos do computador. — Ah, e você pode entrar em contato com a Château Verdant para cancelar o nosso compromisso? Meu dia está super corrido hoje.— É claro, Senhorita Jones.— Só mais uma coisa, Megan, reagende com o grupo Berrington & Slate para daqui a três dias.— Uau, estamos sobrecarregadas mesmo.— Pois é. Avise para todos que assim que terminarem seus deveres estarão livres para irem ao casamento.— Ainda não acredito que ela vai fazer essa loucura.— Acredite, eu também não. Mas, fazer o que se eles se amam?— Ah, o amor! — Sorrio para o seu comentário.Contudo, continuo fo