Alex
— Como ela pode ser tão cabeça dura?! — resmungo indignado para o meu amigo sentado do meu lado, em um banco alto de um balcão de um bar. Em resposta, Simon ergue o seu copo em um brinde mudo.
— Você quer uma opinião sincera, ou quer que eu te agrade, chefe?
Reviro os olhos.
— Você acha que eu pisei na bola?
— Feio!
Faço um gesto para o garçom encher o meu copo.
— Eu fui romântico. Comprei o anel mais caro. Pedi desculpas…
— Você não pediu desculpas.
— Como não?
— Alex, se fosse com você. Se ela tivesse te largado naquele quarto de hotel após uma noite linda de amor. Como estaria se sentindo.
Trinco o maxilar.
— Eu a odiaria para sempre — confesso. Simon aponta o seu indicador para mim. É um xeque-mate. Ele está certo e eu estou errado.
Respiro fundo.
— Ela nunca vai me perdoar, não é?
— Talvez, se você fizer a coisa direito.
Bufo alto.
— E como é isso?
— Pare de correr atrás dela. Pare de sufocá-la, de rondá-la. Apenas mostre que você mudou, cara. Mostre que você chegou pra conc