As palavras dela me atravessam como lâminas afiadas. E por um instante, tudo o que fiz desmorona dentro de mim. A consciência do quanto a feri, do quanto arrastei seus sonhos para dentro de um jogo que ela jamais pediu para participar. E agora, ela carrega um pedaço de nós, inocente, puro e ainda assim tem forças para desejar um futuro diferente para ele… ou ela.
Me sinto um maldito monstro por ter bagunçado tanto a vida de uma mulher como Diana.— Eu prometo — digo, firme. — Do fundo do coração… eu prometo.Ela sorri com suavidade, mas ainda há algo triste em seu olhar. Levanta-se devagar.— Obrigada… Agora vou me deitar. Mesmo dormindo tanto, continuo com sono.— Pode ir descansar. Boa noite, Diana.— Boa noite. — Ela se afasta, os passos leves ecoando no corredor. E eu fico ali, imóvel no sofá, preso no redemoinho de tudo o que ela disse.Merda… Eu destruí o sonho dela.Não posso deixar isso assim. Não quero que minha filha, se for mesmo uma menina