Quando a vi pela primeira vez, ela parecia frágil. Uma menina meiga, tímida… e com olhos que carregavam uma tristeza que eu não sabia explicar, mas que me atingiu em cheio.

Assim que descobri seu nome Angelina, senti que havia algo diferente nela. Parecia um anjo… um anjo que havia caído da pior forma possível. E alguém, sem coração, havia quebrado suas asas.

No começo, tudo o que eu queria era ajudá-la a se reerguer. Ela era inteligente, dedicada, tinha uma força que disfarçava sob o sorriso tímido. Eu nunca tinha conhecido uma mulher assim. E, sem perceber, Angelina já tinha me fisgado sem nenhum esforço, sem nenhuma intenção.

Com o tempo, descobri o motivo de toda aquela garra. Ela tinha um filho.

O pequeno Bento.

E foi ali que tudo fez sentido. Cada noite em claro, cada olhar determinado, cada passo firme. Tudo que ela fazia era por ele. E aquilo… me fez admirá-la ainda mais.

Nos tornamos amigos. Eu estava sempre por perto, acompanhando de longe, respeita