Quando Alex se aproximou da entrada da casa, Sophia percebeu que ele estava logo atrás dela.
— Você ainda não teve o suficiente?
— Acredite em mim. — Alex respondeu. — Encontrar você é a última coisa que eu queria hoje.
Sophia deu um passo à frente, bloqueando o caminho dele.
— Então, o que é agora? Veio me lembrar do maior erro da minha vida?
— Erro? — O tom de Alex ficou ainda mais frio. — Eu poderia dizer o mesmo. Você acha que foi agradável acordar e perceber que perdi meu tempo com alguém tão superficial?
— Superficial? — Os olhos de Sophia brilharam de raiva. — Você só está amargo porque sabe que eu tenho razão. Você não passa de um perdedor, um interesseiro.
Alex riu, balançando a cabeça.
— Você está delirando. Eu não preciso de nada de você, muito menos do seu dinheiro.
Sophia deu mais um passo à frente, apontando um dedo no ar entre eles.
— Então o que você quer? Arruinar minha vida ainda mais?
— Não, eu não estou aqui para arruinar nada. — Alex respondeu, encarando-a diretamente. — Estou aqui para encontrar minha noiva.
— Sua noiva? Você tem uma noiva? — Sophia perguntou, chocada.
— Estou aqui para conhecer alguém chamada Sophia Lancaster, neste endereço. — Alex respondeu, já perdendo a paciência. — Não estou procurando você. Então, se puder me ajudar, chame-a, e eu saio daqui o mais rápido possível.
— O quê?
Sophia parou, sua expressão mudando de choque para compreensão.
— Espere… Você está aqui por aquela Sophia Lancaster?
— Sim! — Alex respondeu friamente. — Pode chamá-la, por favor? Não tenho tempo para jogos.
Sophia mordeu o lábio, tentando esconder a confusão que girava dentro dela.
— Não precisa chamar ninguém. Eu sou… Eu sou Sophia Lancaster.
Eles ficaram ali, olhando um para o outro em silêncio, surpresos.
Nesse momento, uma voz chamou de dentro da mansão:
— Alexander Leonhart!
Um homem idoso saiu, seu rosto iluminado por um sorriso largo.
— O Mestre me disse que você viria hoje! O que está fazendo aí fora?
— Vovô. — Sophia chamou.
O velho, Abraham Lancaster, virou-se para eles, seus olhos brilhando de diversão. Ele olhou de um para o outro, seu sorriso ainda maior, como se estivesse esperando por aquele momento.
— Então, você conheceu Alex, seu noivo. Que bom que vocês já se conhecem.
Sophia rapidamente interveio:
— Nós não…
— Chame seus pais, Sophia. — Abraham a interrompeu. — Reúna todos no Grande Salão. Tenho um anúncio a fazer. Vocês dois vão se casar hoje.
Sophia ficou paralisada, chocada.
— Finalmente, meu desejo de longa data será realizado hoje. — A voz de Abraham tremia de felicidade.
Ele caminhou até Alex, estendendo a mão para apertar a dele.
— Venha, vamos para o Grande Salão. Você vai conhecer seus sogros.
Sophia observou os dois se afastarem, incredulidade e raiva fervendo dentro dela.
Ela havia perdido sua virgindade para aquele homem, e agora estava prestes a perder seu futuro também.
— Isso não pode estar acontecendo!
Ela sempre sonhou com um noivo extraordinário, alguém digno, alguém heroico! Não qualquer um que poderia ter saído da rua.
Em vez disso, agora estava sendo entregue a um homem que parecia não ter nada.
Como CEO do Grupo Lancaster, conhecida por sua beleza e futuro promissor, como poderia se casar com um homem assim?
O que as pessoas iriam pensar?
— Não. — Ela decidiu. — Eu vou impedir esse casamento, custe o que custar.
…
No Grande Salão, Abraham guiou Alex até um assento de honra.
— Como está o Mestre?
— Ainda saudável, mesmo depois de cem anos. — Alex respondeu.
— Você é jovem, bem-sucedido e humilde. Tenho muita sorte de ter um neto por afinidade como você. Sophia é uma boa pessoa. Por favor, dê a ela uma chance de conhecê-lo melhor.
Alex assentiu educadamente, mas duvidava dessa possibilidade.
Sophia não parecia querer essa chance.
— Maravilhoso, maravilhoso. — Abraham riu alegremente.
No entanto, nesse momento, uma voz furiosa interrompeu:
— Você está louco? Sophia não pode se casar com ele!
Senhora Lancaster, esposa de Abraham, irrompeu no Grande Salão, furiosa.
Ela estava acompanhada pelos dois filhos e duas noras, com Sophia vindo logo atrás deles.