— Jovem Mestre, minha única filha nasceu doente, e agora está pior.

Os olhos de Alfred se encheram de tristeza.

— Ela sofre todos os dias. Eu já procurei todos os médicos, gastei uma fortuna, tentei de tudo, nada funciona. Ela só piora. Por favor, ajude-a. Eu farei qualquer coisa.

Alex o encarou com calma.

— Vou conhecer sua filha amanhã.

Alfred ficou pasmo.

Ele não esperava que Sua Alteza concordasse em ajudar tão facilmente.

Ele segurou a mão de Alex e se curvou em gratidão.

— Obrigado, meu senhor! — Sussurrou, suas palavras carregadas de emoção.

Anteriormente, Alfred não acreditava em sua sorte quando seu líder mencionou a visita de Alex a Valcura.

Alfred não sabia exatamente quem Alex era.

No entanto, ele tinha certeza de que até seu líder deveria se ajoelhar diante de Alex!

Se Alex ficasse insatisfeito, milhões de vidas poderiam desaparecer.

Mas, se ele estivesse satisfeito, até mesmo os moribundos poderiam viver!

Como chefe da organização Kingswell em Valcura, Alfred tinha ouvido os rumores.

Falas sobre uma figura de alto escalão conhecida como "Mão de Deus", o discípulo do Sábio Imortal.

Dizia-se que até um moribundo poderia ser curado com o toque dele.

Por isso, Alfred havia feito de tudo para garantir a satisfação de Alex.

— Jovem Mestre. — Alfred perguntou. — Ouvi dizer que você está em uma missão importante. Diga como posso ajudar. Em Valcura, nada está além do seu alcance. Se você ordenar, até o governo se curvará.

— De fato, preciso da sua ajuda. — Alex respondeu.

Ele tinha três tarefas importantes pela frente.

— Encontre uma pessoa para mim. Não tenho o nome, apenas um apelido. Chamam-no de "Jo". Também não tenho uma foto.

Quando era mais jovem, Alex havia acabado nas ruas de Valcura, fugindo do perigo.

A pessoa conhecida como "Jo" foi quem o ajudou naquela época.

Agora, ele precisava encontrá-lo para retribuir a bondade que recebeu.

— Sua vontade é uma ordem. — Alfred disse, curvando-se obedientemente.

— Isso é tudo?

Alex assentiu.

Ele tinha mais duas tarefas em Valcura: uma era conhecer sua noiva, e a outra era descobrir sua origem.

No entanto, para a primeira, não precisava da ajuda de Alfred.

Quanto à segunda, só poderia avançar após encontrar Jo.

— Jovem Mestre. — Alfred começou com cautela. — Quando um membro de alto escalão da Kingswell visita, devo organizar um banquete, convidar a elite da cidade, os maiores empresários, atrizes famosas, políticos... Eu já preparei...

Ele observou atentamente a expressão de Alex enquanto explicava.

Mas, ao notar uma leve franzida na testa de Alex, ele rapidamente corrigiu:

— Mas já que você está incógnito, prefere pular o banquete, correto?

Alex assentiu com um sorriso.

— Vou cancelar imediatamente, então. — Alfred respondeu prontamente.

— Sempre lembre-se, não há necessidade de tanto alarde. — Alex ordenou.

Alfred acenou com a cabeça em concordância.

Ele entendia claramente por que Alex precisava manter um perfil discreto.

Alex era conhecido como "Mão de Deus".

Entre os milhares de pacientes que ele havia tocado, nenhum permanecia doente.

Ele também era o discípulo direto do Sábio Imortal, que, segundo diziam, podia trazer os mortos de volta à vida em um piscar de olhos!

Se Alex revelasse sua identidade, pessoas do mundo todo o cercariam, tirando-lhe qualquer paz.

Depois de se despedir de Alfred, Alex saiu e chamou um táxi, informando o endereço.

Ele precisava encontrar sua noiva.

Seu mestre havia dito que aquela mulher era seu destino, escrito nos Registros Akáshicos, e que ela também era a chave para Alex encontrar sua mãe no futuro.

Uma hora depois, Alex chegou à Quarta Avenida Oeste, no bairro Oeste de Valcura, um bairro nobre com vista para o oceano, montanhas ao fundo e mansões milionárias.

Ao estender a mão para tocar a campainha do portão, um carro de luxo parou ao seu lado.

O motorista saiu, e seus olhos se encontraram.

Ambos, surpresos, falaram ao mesmo tempo:

— Você!

— O que está fazendo aqui? — Exclamaram, sobrepondo-se.

Os olhos de Sophia se estreitaram.

— Não me diga que agora está me perseguindo.

Alex arqueou uma sobrancelha.

— Perseguindo você? Tenho coisas mais importantes para fazer.

— Claro. — Retrucou Sophia, cruzando os braços. — Suponho que esteja aqui para implorar por dinheiro. Já devia saber que você desceria tão baixo.

— Dinheiro? Não preciso da sua caridade. — Alex rebateu. — Estou aqui por algo mais importante.

Sophia não acreditou em uma única palavra de Alex.

Sua voz transbordava sarcasmo.

— Outro esquema? Tentando casar por interesse, talvez?

— Você acha que estou atrás do seu dinheiro? — Alex respondeu friamente. — Você está completamente enganada. Não quero nada de você.

— Ótimo! — Sophia retrucou, sua raiva aumentando. — Porque eu não tenho nada para dar, especialmente para você.

Alex franziu a testa.

Se não fosse por sua ajuda, ela teria sido abusada por sabe-se lá quem, ou pior, poderia ter morrido nas mãos de algum desgraçado.

Sophia lançou-lhe um olhar furioso pela última vez antes de girar nos calcanhares e entrar pelo portão automático de ferro, deixando Alex sozinho na calçada.

Ele conferiu o endereço em sua mão. Aquele era, de fato, o endereço da casa de sua noiva, arranjado por seu mestre, o Sábio Imortal.

Ele não tinha escolha a não ser seguir em frente e conhecer sua noiva.

Se aquela mulher realmente era ela ou não, ainda era incerto.

A mansão ergueu-se diante dele, grandiosa e imponente.

Sua noiva poderia ser qualquer pessoa, talvez até mesmo a irmã daquela mulher.

Pensando no fato de que havia dormido com a irmã de sua noiva, Alex refletiu com um sorriso amargo.

— É, tudo só continua ficando melhor.