A Obsessão do CEO
A Obsessão do CEO
Por: LuadMel
Um

O homem olhava diretamente para seus documentos, queria estar preparado para quando sua secretária atual fosse embora. Analisou tudo novamente, e jogou-os na mesa. Ema era uma senhora de idade que fazia um excelente trabalho e Peter pagava um bom salário para ela não deixá-lo sozinho. Mas para seu azar, a senhora descobriu que sua única filha, que morava do outro lado da cidade, estava passando por uma doença difícil, e seria operada, e Peter como um bom chefe, liberou sua adorada secretaria para ela está com sua única filha. Mas isso lhe custaria alguns momentos de paciência, porque ele gostava muito do trabalho dela.

Quando soube que teria que contratar uma nova secretaria, ligou para algumas agências e pediu, mas nenhuma outra o deixou certo de que contrataria. Deixou Ema cuidar disso então, pediu para ela escolher uma boa secretária para ficar em seu lugar. E como sempre, a velha tinha feito tudo certo. Pois sua secretária estava vindo para sua cidade apenas para trabalhar duas semanas ao seu lado, e pelo que tinha ouvido falar de moça, e de seus bons feitos, tinha gostado e não via a hora de conhecer.

— Sr Johnson? - O homem levantou a cabeça olhando diretamente para a senhora parada no batente da porta. Ela sorriu meigamente e entrou na sala, deixou uma pasta transparente em cima da mesa e juntou suas mãos no corpo. — Este é seu último investimento, basta assinar e mandar para seus pais que o aguardam em sua casa.

— Obrigado – ele pegou abrindo a porta e leu alguns trechos. — Como está sua filha?

— Melhorou, e não se preocupe com ela no momento eu creio que deva se preocupar apenas com seu casamento que está chegando, não é mesmo? – o homem levantou os olhos para ver a senhora sorrir.

E mais uma coisa, Peter Johnson, o empresário e administrador da empresa da família, estava noivo aos seus trinta e dois anos. Deixou a pasta na mesa e olhou para a senhora pensando no que ela tinha dito, e com toda razão. Devia pensar em seu casamento, mas não queria e nem se forçaria a isso. A mulher com quem casaria era apenas uma escolha de sua mente. Era bonita, charmosa, tinha um corpo bonito, e ficava calada quando ele queria. Não se preocupava com amor, ou afeto, coisa do tipo, mas queria muito se saciar com o corpo esbelto debaixo dos lençóis, para ele, isso já bastava.

— Não me interesso pelo casamento. – A senhora riu terna, sabia dos sentimentos do menino a sua frente, o conhecia desde pequeno, e queria que ele fosse feliz com uma mulher que o amasse de verdade, pois sua noiva atual, mais se preocupava com roupas de marcas e sapatos de luxo, sem contar no cartão sem limites que Peter tinha a dando de presente, e esse foi um erro muito grave.

— Pois devia meu senhor. Todos esperam muito de seu casamento com a senhorita Miriam. E ela a ama muito. – Falou mais terna ainda. Peter riu de lado e levantou arrumando o paletó. — Mas menino, eu torno a dizer que não devia escolher a mulher para viver ao seu lado apenas porque é boa na cama. Tinha que pensar mais nisso.

— Ema, sempre lhe respeitei muito, mas não quero ouvir o que tem a dizer sobre minha escolha de esposa. – A mulher confirmou. — Além de tudo, vou sentir sua falta, espero ansioso por sua volta. Sem você por aqui, será um tremendo caos.

— Oh não, não se preocupe com isso, eu mesma me encontrei com a secretária que irá me substituir, é uma mulher elegante, bonita, e tem um histórico perfeito. Quase não consigo trazê-la para cá. – Cantarolou a última parte, e Peter levantou uma das suas adoráveis sobrancelhas. — Você vai gostar dela, não é preguiçosa, é competente, do jeito que você gosta.

— Espero que sim – acenou com a cabeça e os dois viram a porta abrir subitamente e uma loira aparece sorrindo… e, quase vestida naquele dia. Talvez a moda desses dias não tenha ajudado ninguém. — Dafne?

— Meu amor, eu vim te visitar hoje. – disse já entrando sem ser anunciada, ou permitida a entrar naquela sala. — Olá... Velha, e oi meu amor. – Parou em sua frente. Peter ficou olhando para ela e depois para a senhora que riu amigavelmente e saiu em seguida. — Não sei como consegue olhar para aquela senhora. - Perguntou olhando-se no espelho de mão que trazia na bolsa.

— Não se preocupe, a partir de amanhã terei uma nova – sentou de novo e a mulher fechou o espelho.

— Contratou uma nova secretaria? - Quis saber, extremamente interessada naquela declaração.

— Vamos dizer que sim. - Sorriu ao ver uma pontada de ciúme em cada olhar lançado em sua direção pela noiva.

— Até que fim vai se livrar da velha rabugenta – fez biquinho enquanto falava e foi para o lado de Peter, depois sentou em seu colo e beijou sua boca. Peter retribuiu, ele era um homem com um apetite sexual insaciável, jamais dispensaria sua noiva. — Fiquei pensando se poderia sair para almoçar comigo, e quem sabe, eu poderia ser a sua sobremesa. – perguntou maliciosa, Peter apenas riu de lado.

**+**

— Espero que fique acomodada por aqui, senhorita Sobral – o síndico do prédio a qual alugou o quarto de hotel, falou ao seu lado, ignorou a aproximação do homem e focalizou seriamente no quarto branco com sacada mais na frente — gostou?

— Adorei, gosto de ver o mar – falou séria, indo até a sacada e deixou-se ser animada pela bela visão da praia mais embaixo. — Gostei muito.

— Que bom, suas malas chegaram daqui a pouco e o carro que pediu para alugar por duas semanas já está lá embaixo – falou entregando um chaveiro para a mulher. — foi o prazer recebê-la.

— O prazer é todo meu – o acompanhou até a porta e trancou quando o homem deu tchau. Finalmente sozinha, ela tirou o cachecol do seu pescoço e os saltos que queriam machucar seus pés, pisou no chão coberto pelo carpete e fechou os olhos sentindo o alívio. — Não pode ser tão ruim assim.

Falou para si mesma ao começar a andar pelo quarto que alugou. Era bonito e espaçoso. Nada muito luxuoso, ela não precisava de tanto luxo. A sala era grande, um sofá em forma de lua em tons cinza e branco ocupava boa parte dela, estava de frente para a TV de tela plana na parede. O tapete no meio, em cima dele uma mesinha de centro feita de vidro e os pés de cerâmica, tudo em branco e cinza, charmoso e perfeito.

Foi para o quarto onde dormiria. Ali, os tons branco e vermelho tomaram conta. A sacada do quarto também era de frente para a praia que ficava a alguns quilômetros do prédio.

Respirou fundo e ouviu a campainha tocar. Foi até a mesma e recebeu suas malas. Trancou a porta novamente e decidiu que dormiria um pouco. Estava cansada da viagem e na manhã seguinte, acordaria cedo para começar a trabalhar na empresa Johnson, da qual pouco ouviu falar, mas decidiu vir a pedido de uma amiga de longa data da sua mãe, ela precisava de uma substituta e Aline tinha acabado de perder o emprego porque não foi capaz de segurar o coração do seu chefe.

Passaria duas semanas ali, e depois voltaria para sua cidade.

O empresário Peter Johnson queria só uma secretaria para substituir a sua por duas semanas, concordou em contratar uma mulher competente e inteligente para estar ao seu lado por duas semanas. Mas seu coração, e nem seu corpo ficou calmo, ou colocar os olhos naquela mulher.. Era difícil pensar direito quando ela cruzou e descruzou as pernas, e ficou ainda mais, quando ela sorria e colocava a caneta entre seus dentes. Mas, ele também sabia brincar, e dominaria aquela mulher.

Aline abriu os olhos começando a sentir o calor do sol por todo o corpo, olhou ao redor e sentou devagar, apoiando seus cotovelos na cama. Reparou na janela aberta, devia ter fechado antes de dormir para não atrapalhar seu sono quando acordasse. Tirou o lençol das pernas e levantou da cama, foi direto para a janela e saiu da sacada. A visão era bonita, o sol tinha acabado de nascer, e misturando ao grande mar mais na frente, era a paisagem mais bonita que já tinha visto.

Entrou novamente e foi para o banheiro, olhou as horas rapidamente, não tinha passado das sete da manhã. Olhou-se no espelho do banheiro, ela não era uma mulher feia, nunca foi. Tinha a pele clara, e seios pequenos, a boca carnuda, mas nada que chamasse atenção, seus olhos eram verdes, muito verdes, ela pintou porque amava a cor, e todos ao seu redor gostaram, gostou até demais. Nunca deixou que a cor do seu cabelo revelasse algo para os outros, ou os fizessem duvidar de sua capacidade dentro de uma empresa.

Depois do banho, Aline entrou no quarto novamente, foi para as malas que não tinha arrumado e abriu à primeira. Procurar uma roupa para ir ao primeiro dia de trabalho não seria difícil quando ela já tinha escolhido. Pegou uma saia lápis cor vinho que não passava do joelho, e uma camisa de manga comprida com babados no lugar de botões. Pegou outra mala para buscar os saltos, da cor branca, destacando sua tornozeleira cor preta. Olhou no espelho do quarto gostando do que via. Tinha amado mais ainda aquele espelho enorme, sentirá falta quando fosse embora. Procurou por sua bolsa para começar a passar maquiagem, escolheu um batom da mesma cor da saia, forte, destacando seus lábios cheios. A sombra nos olhos da mesma cor da pele e o cabelo grande, longo e macio, solto, não estava com vontade de penteá-los naquela manhã, apenas arrumou, deixando-o quieto, como sempre.

Saindo do quarto, ela foi direto para a cozinha, onde preparou um pequeno copo de café da cafeteira sentada no banco da ilha que tinha na cozinha e abriu o primeiro dossiê que lhe mandaram. A empresa Johnson, era a mais famosa de Seant, vinha de geração a geração. O fundador foi Madara Johnson e desde então, a empresa só cresceu nas mãos da sua família. Enquanto lia tudo, ouviu a campainha tocar. Deixou o café na mesa e foi na direção da porta, abriu a mesma revelando uma senhora muito bem vestida dentro de um vestido da cor vermelha. Ela sorriu para a senhora.

— É a Ema? – Aline perguntou, ela confirmou. — É um prazer lhe conhecer, minha mãe fala demais sobre você.

— Sei que fala. Está pronta? – perguntou, Aline confirmou e entrou apenas para pegar sua bolsa e uma pasta preta. — Vamos indo, o senhor Johnson não gosta de atrasos, que fique sabendo logo.

— Pode deixar. Não me atrasarei. – Passou confiança. — Está de carro? – a senhora confirmou. — Então eu lhe sigo, aluguei um para não ter que pegar metrô, ou ir de táxi.

— Muito bom – a senhora saiu no estacionamento e sorriu para Aline. — Me siga e não se perca. Esse é meu último dia, memorize o caminho, por favor.

**+**

Peter chegou à empresa com as costas doendo, e o corpo ainda dolorido. A noite tinha sido boa, mas ele procurava saber qual foi a parte do espancamento que lhe deixou todo dolorido depois de três transas seguidas. Isso devia ajudá-lo a relaxar, não lhe destruir. Olhou para a mesa que ficava em frente a sua sala, não tinha Ema, e nem a nova secretária, esperava que não demorassem muito, ele teria uma reunião às dez da manhã e pretendia levar uma delas consigo. Não esperando muita coisa, ele entrou na sala. Procurou pela agenda que Ema deixou e olhou o que teria que fazer no dia seguinte.

Tinha que colocar a nova secretária a par daquela agenda, era sua e dos seus compromissos com todo mundo, se perdesse aquela, ele teria que ralar para conseguir todos os números de contatos novamente. Sentou na cadeira deitando o pescoço no encosto, tudo doía em seu corpo, mas logo, logo ficaria bom. Sentou direto e começou seu trabalho, chegava cedo à empresa, gostava do seu trabalho, queria sempre ter uma carta na manga, um lugar para construir algo que lhe desse dinheiro, coisas realmente importantes.

Depois de vinte e dois minutos trabalhando, ele ouviu uma risada baixa do outro lado da porta, era de Ema, ela tinha chegado e trazido à nova secretaria. Tentou ouvir a voz da mulher, ou uma risada, mas não teve nada. Voltou sua atenção para os documentos na mesa, estava projetando uma estratégia de comprar um terreno novo, seria perfeito para construir a casa que sua noiva, Ino, queria.

— Com licença senhor Johnson? – Ema abriu um pouco da porta, Peter riu de lado e deu total atenção para a senhora. — Me desculpe interromper – falou e entrou trazendo um copo de café, o preferido dele. — Queria que conhecesse a minha substituta – ela disse, lhe dando o currículo da moça.

Ela trabalhou em mais de quatro empresas, todas com mais de dois anos, e a última passou quase cinco, e foi demitida. Sem motivos aparentes. Peter gostou de saber que ela falava outras línguas, trabalhava direito com planilhas e tinha outros cursos que não eram tão importantes ali, mas ajudaria talvez. Aline Sobral era seu nome, jovem, com apenas vinte e nove anos.

— Parece uma boa pessoa – abaixou o currículo da mulher e encontrou um par de pernas muito elegante, bonitos e... — Porra!

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo