Um silêncio pesado se instalou entre nós, o ar carregado de uma tensão palpável. A confissão de Richard ecoava na quietude da cozinha, a sua simplicidade contrastando com a complexidade do que ela representava. A imagem de Angela, jovem e vulnerável, surgiu na minha mente, sobreposta à expressão determinada do meu filho.
__"Eu sei, Richard," murmurei finalmente, a voz rouca pela emoção contida. "Eu sei que você gosta dela. Mas... isso não muda nada. O casamento vai acontecer." A minha voz tremia levemente, a resignação pesando como um fardo insuportável.
Ele assentiu, os olhos fixos nos meus, uma compreensão silenciosa passando entre nós. Não havia necessidade de palavras adicionais; a dor compartilhada era um elo invisível que nos unia naquela situação desesperadora. A iminência do casamento de Angela, o acordo com a máfia, a impotência diante da força de Aníbal e da tradição familiar – tudo isso pairava sobre nós como uma ameaça sombria e implacável.
___"Eu sei, mãe," ele repe